sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dúbio - O Riff de uma alma roqueira

Tava faz tempo louco de vontade de escrever aqui no conversar de boteco..foi então fiz um texto em homenagem ao Fucking Guitar Player  mais querido desse país...mandei pro Pc e bem..ta aí...




Tava decidindo o que escrever... Como sempre acontece, os planos não obedeceram as idéias.


Queria escrever algo de extrema importância, algo que tivesse alguma relevância a alguém, ou mais, algo importante, necessário.

Sai da frente do Computador e resolvi ir ate à estante, procurar algum cd pra ouvir, pra ver se idéias surgiam.

Sem surpresa alguma me deparei com “Humbug” do Arctic Monkeys, “As Quatro Estações” da “Legião Urbana”, o disco preto do Nirvana, “Admirável Chip Novo” e “Anacrônico” da Pitty.

Claro, depois da escolha obvia, peguei o cd, coloquei no drive do Computador e cliquei no play.

Quando a guitarra entrou em cena inundando meus ouvidos, pra anunciar Pitty com “Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra!”, eu pela primeira vez me dei conta de que algo faltava ali. Não sabia o que era exatamente que estava me causando aquela sensação. Era a Banda que eu adorava que eu me identificava que colocavam em timbres, letras, palavras e melodias o que eu sentia o que se passava em minha mente e no meu coração, às vezes transcendendo o corpo a carne... Mas algo estava diferente, não sabia o que era então resolvi investigar.

Será que o cd estava corrompido, o drive ou o Windows Media Players estavam de frescura novamente? Não. Não era nada disso. Tudo estava perfeito, Tudo Normal. Muito normal.

Avancei algumas faixas ate chegar em “Do mesmo lado”. A batida me contagiava o baixo ali presente fazia minha mente flutuar, o timbre então... Elevava ate o ponto mais alto; da carne, do metal? Sei lá, mas me acalmava ao mesmo tempo em que me dava vontade de gritar, bradar dizer... E então percebi o que era. Percebi o que me causava o estranhamento.

Era a mesma banda ali, mas não eram as mesmas almas. As mesmas pelas quais me identifiquei e que sei que compartilho.

Retirei o cd do drive e fui buscar o Anacrônico. Logo n’A Saideira, um suspiro que não pude evitar. Alivio. Ali sim estava o que eu procurava o que eu conhecia o que eu entendia. Nunca tive problemas com nada em relação a banda Pitty, e quando digo banda, é tudo que são e o que representam; da produção(adoro o Rafa e a mania de enrolar os cabelos) ate mesmo os fãs e sua “devoção”? ... Não... Sua admiração por aqueles que fazem, e agem como eles, ou que simplesmente representam o que sentem, o que vivem... Mas por algum motivo nunca me identifiquei com o Peu. Guitarrista sublime, que sem duvidas me mostrou ate mesmo antes de qualquer outro da banda que rock é estilo de vida e não um estilo musical somente. Mas algo em seus dedilhar pelas cordas da guitarra, não me faziam pirar, explodir em mim...

Lembro-me da época que li na internet (Guitarrista Peu da Pitty é substituído). “Quem é o individuo? Quem será o cidadão? Quer ver que vai fazer merda com a banda...”. Lembro que foi o meu primeiro pensamento. Ouvi o Anacrônico e de cara me apaixonei pelo álbum. Vi que era aquela banda, aquela “pegada” que fazia parte de mim, mais do que o “Chip Novo”. Ali havia agressividade e sentimento na mesma medida, fundidas de uma maneira única. Pensei: “Ate que o cara não é ruim. É igual”. Como estava enganado.

Ao assistir Sessões Anacrônicas, ele me foi apresentado. Martim Mendonça: doido varrido, pirado, roqueiro... E acima de qualquer coisa um Guitarrista em todas as conotações que a expressão admite. Aos poucos esse tal de Martin foi conquistando, encantando, nos fazendo rir (e muito, o que faz de melhor depois de compor e tocar) e vibrar ao acariciar as curvas da guitarra. Estava ali. Como se estivesse o tempo todo. Não era alguém novo, que acabara de aparecer, era Um que sempre estivera ali, só escondido talvez, mas estava ali... Já fazia parte da roda. Por algum motivo, ali estava a banda Pitty que eu conhecia, a que eu queria a que eu mais do que enxergava, via. Estava perfeita. Como o banho de chuva que faltava em Deja Vu.

Lembrei que já o tinha visto de relance em “Admirável Vídeo Novo”, em um dos shows registrados para o DVD.

Muito rápido esse “Cara” roqueiro de alma, guitarrista de coração, mostrou álbum após álbum, show após show, fala após fala, que era também, mais do mais um roqueiro, era um compositor, ator, cantor, pai, marido, amigo; um homem que faz valer a frase “Sou guerreiro!”

Pode parecer pelação de saco, somente uma declaração de um fã. Não ligo o que possa parecer, o que importa é o que é: Eu quis escrever; algo de extrema importância, algo que tivesse alguma relevância a alguém, ou mais, algo importante, necessário. E consegui.

Ou ao menos tentei escrever sobre alguém que é importante, sobre alguém que é de total relevância não só pra mim, mas para muitos, milhares. Mas não consegui escrever algo necessário.

Pois percebo a cada dia, que aquilo que sentimos aquilo que sabemos, não precisa ser posto em palavras. Pois as almas não escrevem, elas só sentem, compreendem a cada nova manhã, a cada por do sol; o que há entre seus iguais.

E isso nós de osso, carne e coração sabemos, vivemos e sentimos a cada novo riff.

Martin Mendonça, você é foda Men!

E não precisamos esperar você ir embora pra percebermos.

Afinal como diz Só Agora: Nós nunca vamos deixá-lo ir. Nunca...



Will Augusto

@willdeanharry

HTTP://wwwrealidadeutopica.blogspot.com

5 comentários:

Daniela disse...

MUITO FODA!
Me arrepiei lendo o post!

Martin Mendonça, o que ele quis (ou não), e o que não esperava, ele conquistou, e conquistou em dobro s2

Willian Lopes de Sousa Augusto disse...

daniela que bom que gostou! com toda certeza! pode ser que ele não esperava, ou ate que ele não queria(talvez) mas sem duvidas ele conquistou...se utilizando da nossa maior maxima: o importante é ser você! A bada é Foda e ele não poderia ser diferente!

Diego Acéfalo disse...

*_*... MARTINNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN...

ps: texto grande até cansey... mais valeu a pena!

Willian Lopes de Sousa Augusto disse...

Diego; rsrsrs é me empolguei, mas é que sempre quis escrever sobre algum integrante da banda, sei que da pitty mesmo nunca conseguirei escrever, pois acho que não existem palavras ainda para expressar exatamente o que sinto por ela o que ela representa em minha vida de verdade...então acabei me empolgando..rsrs sempre me extendo...mas que bom que achou que valeu a pena: martin merece posts assim e muito mais!!

Johny Moraes disse...

Esse foi o melhor post que eu li aqui no blog.